Caso Padre Zé: defesa do Padre Egídio recorre ao STJ contra prisão preventiva

25 nov 2023 - Paraíba

Arquidiocese proíbe Padre Egídio de celebrar missas por suspeita de desvios no Padre Zé — Foto: Divulgação

A defesa do Padre Egídio de Carvalho, detido há uma semana por suspeita de desvio milionário no Hospital Padre Zé, em João Pessoa, recorreu nesta sexta-feira (24) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O habeas corpus foi protocolado para buscar a liberdade do religioso diante da prisão preventiva. O recurso será avaliado pelo ministro Teodoro Silva Santos, da Sexta Turma.

Egídio de Carvalho Neto, conhecido como Padre Egídio, foi detido durante a segunda fase da Operação Indignus, acusado de desviar cerca de R$ 140 milhões do Hospital Padre Zé, instituição que presidiu por mais de uma década.

A defesa informou que buscará medidas possíveis para contestar a prisão preventiva decretada pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida.

O Ministério Público destaca provas e acusações de diversos crimes atribuídos ao religioso, incluindo aquisição de imóveis luxuosos na Paraíba, Pernambuco e Ceará, uso de recursos do hospital para despesas com carros e pagamento de mensalidades do curso de medicina de um sobrinho em São Paulo.

O juiz José Guedes, da 2ª Vara Criminal de João Pessoa, havia negado o pedido de prisão do Padre Egídio Carvalho em 1º de novembro.

Investigação sobre empréstimo de R$ 13 milhões

A Força-Tarefa que apura desvios no Hospital Padre Zé deve investigar o destino dos mais de R$ 13 milhões solicitados em empréstimos em nome da instituição durante a gestão do Padre Egídio Carvalho junto ao Banco Santander e à Caixa Econômica.

O novo diretor do hospital, Padre George Batista, em coletiva de imprensa com o arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Manoel Delson, destacou dois empréstimos, um de R$ 600 mil no Santander e outro de aproximadamente R$ 12,4 milhões na Caixa, feitos na gestão anterior.

“Para onde foi esse dinheiro? A Força-Tarefa está investigando e, no período certo, vai revelar”, afirmou George.

Devido ao crédito, a unidade de saúde perde mensalmente cerca de R$ 250 mil oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, uma unidade precisa de cerca de R$ 1,3 milhão para se manter, sendo aproximadamente R$ 1 milhão proveniente do SUS e o restante por meio de doações.

O Povo PB

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