Os defensores da “pátria e família” travestidos de hipocrisia

Alexandre Corrêa é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro — Foto: Reprodução

O caso envolvendo a apresentadora Ana Hickmann, que alega ter sofrido agressão pelo marido, com seus braços pressionados por uma porta. O que chama a atenção é que tais acontecimentos ocorreram na presença do filho do casal, uma criança de apenas 10 anos. A situação, descrita no boletim de ocorrência, teria assustado a criança, deixando o ambiente.

Enquanto alguns clamam pela preservação dos ‘valores familiares tradicionais’, a realidade mostra que, por vezes, esses mesmos defensores podem se ver envolvidos em situações que desafiam esses princípios.

Em João Pessoa, na Paraíba, um projeto de lei aprovado pela Câmara dos Vereadores, propõe a proibição da participação de crianças em paradas gays. Este movimento legislativo gerou uma série de discussões, e o Ministério Público da Paraíba (MPPB) emitiu uma recomendação ao prefeito da cidade, Cícero Lucena, imediatamente a vetar a proposta. O MPPB argumenta que a medida é discriminatória, homofóbica e transfóbica, portanto, inconstitucional.

Enquanto se levantam bandeiras em prol dos “costumes e deveres”, a realidade sugere que, em alguns casos, uma hipocrisia pode prevalecer. A imprensa paraibana tem relatado numerosos casos de violência doméstica, evidenciando a necessidade de políticas públicas mais profunda sobre, enquanto vereador alega que o evento pela visibilidade e direitos, com a presença de crianças, visa doutriná-las.

Em 2022, Alexandre Corrêa chamou a atenção por ser um dos apoiadores mais empolgados do então presidente Jair Bolsonaro. O empresário costumava bradar o mantra do ex-presidente “Pátria e família”.

Em 2019, Alexandre compartilhou uma imagem em que fala em “abater” Gleisi Hoffman e Maria do Rosário, deputadas federais eleitas pelo PT.

A hipocrisia dos fundamentalistas que pregam valores específicos, muitas vezes enraizada em discursos conservadores, pode afetar diretamente a vida das pessoas e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Edcarlos Santana/OPovoPB

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