Pesquisador da Embrapa Algodão denuncia homofobia por colegas de trabalho; caso registrado na Ouvidoria e na Polícia Civil
20 jan 2024 - ParaíbaCherre Bezerra, biólogo, pesquisador e presidente nacional da Comissão Permanente de Prevenção e Combate ao Assédio Moral (CPPCAM) na Embrapa Algodão, em Campina Grande, denunciou ter sido vítima de homofobia por parte de colegas de trabalho. O caso foi registrado na Ouvidoria da própria empresa, no Ministério Público do Trabalho (MPT) e na Polícia Civil.
A vítima relatou que sofre com casos de homofobia dentro da Embrapa há alguns anos, mas a situação se intensificou nos últimos dois anos. No mês de outubro de 2023, Cherre recebeu, um áudio de um dos suspeitos, com mensagens homofóbicas disparadas contra ele. O áudio, que seria enviado para outro colega da empresa, desencadeou uma série de denúncias e registros oficiais.
O Boletim de Ocorrência, feito em 12 de outubro de 2023, registra as frases homofóbicas ditas por um dos suspeitos, que posteriormente recebeu advertência verbal. Cherre também denunciou a ocorrência de outro episódio, em 4 de janeiro de 2024, onde um vídeo mostrava o suspeito fazendo deboches homofóbicos.
A Embrapa, em nota, informou que instaurou um processo disciplinar em relação ao caso e emitiu mensagem aos empregados, repudiando qualquer tipo de discriminação no ambiente de trabalho. O processo disciplinar está em curso e é sigiloso.
Os suspeitos envolvidos negam as acusações, alegando que o áudio foi uma brincadeira, e afirmam que responderão às acusações com tranquilidade.
Cherre, além de denunciar os dois suspeitos, também está acionando toda a chefia da Embrapa, acusando-os de negligência e conivência.
A Polícia Civil está apurando o caso, e as denúncias também foram feitas no Disque 100, Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, e no Disque 197 – LGBT Estadual.
O POVO PB
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