Plano do Comando Vermelho é revelado: ataque a ônibus em João Pessoa tinha objetivo estratégico

22 fev 2024 - Paraíba

Ônibus fica destruído após ser incendiado e quatro pessoas ficam feridas, em João Pessoa — Foto: Reprodução

O ataque que resultou no incêndio de um ônibus e na morte do motorista em João Pessoa, ocorrido em julho de 2023, foi meticulosamente planejado pelo Comando Vermelho. O objetivo era incriminar a facção paraibana Okaida e forçar as autoridades a transferirem o chefe rival para um presídio fora do estado, enfraquecendo-a. O delegado da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Diego Beltrão, confirmou o plano.

O suspeito de ordenar o ataque, Lindemberg Vieira da Silva, 34 anos, foi preso no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (20). Ele é apontado como mandante não apenas desse ataque, mas também de roubos, homicídios e liderança no tráfico de drogas em Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa.

Investigações revelaram que Lindemberg representava a facção carioca na Paraíba, visando expandir territórios. Integrantes paraibanos foram cooptados e enviados ao Rio para transmitir ordens aos traficantes locais.

O delegado Beltrão detalhou que Lindemberg foi responsável por uma onda de violência em Cabedelo e Bayeux, ordenando vários assassinatos. O ataque ao ônibus buscava culpar a Okaida, pressionando transferência do chefe rival, mantido sob prisão na Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, conhecida como PB1.

A expectativa é transferir Lindemberg para a Paraíba, embora não responda a crimes no Rio de Janeiro. O plano do Comando Vermelho era enfraquecer a facção rival, ganhando espaço na Região Metropolitana de João Pessoa.

O caso

Em julho de 2023, dois homens armados atacaram um ônibus, forçando motorista e passageiros a permanecerem no veículo antes de atear fogo. O motorista, Silvano da Silva, faleceu, e outros três ficaram feridos. O ataque tinha motivações estratégicas, como revelado agora pela investigação.

O Povo PB

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