Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é detido por posse irregular de arma na operação Tempus Veritatis

8 fev 2024 - Brasil - Mundo

Presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto — Foto: Divulgação

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi detido em flagrante na manhã desta quinta-feira (8), em Brasília, por posse irregular de arma de fogo, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão no âmbito da operação Tempus Veritatis. O político estava na sede da Polícia Federal por volta das 11h10 para os procedimentos do flagrante, e ainda não se tem informações sobre sua possível liberação após prestar esclarecimentos.

De acordo com informações preliminares apuradas, a arma encontrada na residência de Valdemar tinha a documentação vencida e estava registrada no nome do filho do político. O flagrante ocorreu durante buscas realizadas em um dos endereços do presidente do PL no contexto da operação que apura a tentativa de golpe de Estado no período das eleições de 2022.

A operação Tempus Veritatis, autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de medidas cautelares como proibição de contato entre os investigados, retenção de passaportes e destituição de cargos públicos.

Entre os presos até o momento estão Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército citado em investigações sobre presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro; e Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército.

Os mandados de busca e apreensão atingem diversas personalidades, incluindo o presidente do PL, Walter Souza Braga Netto (ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022); Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional); Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e Segurança Pública); e Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”.

A PF investiga o grupo por tentativa de golpe de Estado no país, buscando invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A operação “Tempus Veritatis” revelou, segundo a PF, que o grupo se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições, antes mesmo da realização do pleito, visando viabilizar e legitimar uma intervenção militar, utilizando dinâmica de milícia digital.

O Povo PB com g1

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