Câmara Municipal de Bayeux faz Sessão Extraordinária e população reage à pacote de projetos contra servidores

15 jan 2025 - Paraíba / Política

Câmara Municipal de Bayeux faz Sessão Extraordinária e população reage pacote de projetos contra servidores — Foto: Reprodução

Durante recesso parlamentar, a Câmara Municipal de Bayeux realizou uma Sessão Extraordinária nesta terça-feira (14) e chamou a atenção pela quantidade de projetos de lei apreciados e pela polêmica que se instalou dentro e fora do plenário. Com 17 vereadores votando em bloco, uma série de alterações estruturais e administrativas foram aprovadas, mas o que marcou o evento foi a suspensão da sessão, o acionamento da Polícia Militar para conter ânimos exaltados, e as críticas da população nas redes sociais.

Entre os projetos analisados ​​envolveram temas de grande relevância pública, como alterações na estrutura de cargos e carreiras de servidores, incluindo agentes de trânsito, guardas civis e profissionais de saúde. Além disso, foi aprovada uma nova estrutura administrativa para a Prefeitura de Bayeux, com a criação de novas secretarias e mudanças nas remunerações e nomenclaturas de cargos. Outro ponto sensível foi a aprovação de uma campanha de recuperação fiscal, gerando críticas quanto à falta de debates com os principais detalhes.

O processo de votação em bloco expressou suspeitas de desrespeito ao princípio da transparência e participação popular.

“Usaram a calada da noite para aprovar o retrocesso. Negaram a participação daqueles que foram os maiores prejudicados”, afirmou May Lopes.

Servidores públicos e representantes da população relatando dificuldades de acesso ao plenário durante a sessão. A entrada foi limitada, e as denúncias apontam que o espaço foi ocupado majoritariamente por apoiadores políticos e contratados ligados aos parlamentares e a prefeitura, o que dificultou a presença de cidadãos críticos às pautas em votação. A restrição gerou bate-boca, tumulto e o acionamento da Polícia Militar para conter os ânimos.

“Trataram os servidores públicos com desrespeito. Mal começaram o ano e já estão retirando direitos conquistados com muita luta”, criticou Renato Dantas.

O site oficial da Câmara também está sem funcionar, o que impossibilita o acompanhamento das atividades parlamentares. Com a reunião retomada após 40 minutos de suspensão.

“Que vergonha, vereadores. Os senhores votaram desenvolvidos à retirada de direitos adquiridos pelos trabalhadores efetivos”, declarou Juliana Alencar.

Após a sessão, as redes sociais foram inundadas por críticas. Termos como “retrocesso”, “desrespeito” e “vergonha” dominaram os comentários, enquanto servidores e lideranças sindicais convocaram mobilizações e sugeriram greve geral como forma de resistência às mudanças aprovadas.

José Aldo, indignado, afirmou: “A população participa? Mentira. Vocês encheram a Câmara com dependentes de empregos contratados, e mal sobraram espaço para a população de fato discutir o absurdo que vocês estão fazendo. Uma vergonha.”

Com o início do ano legislativo, o caso cria um ambiente de desconfiança entre servidores, sociedade civil e poder público. Reforçando a sensação de exclusão e autoritarismo. A Sessão Extraordinária abriu uma ferida entre os cidadãos e seus representantes eleitos.

 

O POVO PB

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