Cícero Lucena é alvo de ação judicial que pede cassação de registro por abuso de poder político e econômico

17 dez 2024 - Paraíba / Política

Prefeito de João Pessoa Cícero Lucena (PP) — Foto: Divulgação

O prefeito reeleito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), foi alvo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida por Ruy Carneiro e a coligação Mudar para o Futuro na 70ª Zona Eleitoral. A ação pede a cassação do registro de candidatura do gestor e de outros envolvidos, sob alegação de abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2024.

Na petição, a coligação aponta irregularidades que teriam ocorrido durante o processo eleitoral. Entre as denúncias estão:

  • Troca de cargos públicos por apoio político em comunidades dominadas pelo tráfico de drogas, identificadas durante a Operação Mandare;
  • Um suposto esquema de “fura-fila” que envolvia a troca de votos por exames e consultas médicas;
  • Distribuição de cestas básicas e óculos em troca de votos;
  • Uso de recursos públicos para compra e doação de cestas básicas a eleitores com fins eleitoreiros.

Além de Cícero Lucena, também foram citados na ação:

  • Léo Bezerra, vice-prefeito (PSB);
  • Maria Janine Lucena, filha de Cícero e ex-secretária executiva de Saúde;
  • Maria Lauremília Lucena, primeira-dama;
  • Raíssa Gomes, Kaline Neres, Alline Fernanda Martins Grisi Nobrega e Tereza Cristina Barbosa Albuquerque.

Os autores da ação afirmam que essas práticas violam os princípios democráticos e prejudicam a integridade do processo eleitoral, solicitando a cassação dos mandatos e a inelegibilidade dos envolvidos para futuras eleições.

A equipe jurídica de Cícero Lucena foi procurada, mas não apresentou posicionamento até a publicação desta matéria.

Outras ações na Justiça Eleitoral

Esta não é a primeira Aije contra o atual prefeito. O ex-candidato Marcelo Queiroga (PL) também moveu uma ação, apontando suposto abuso de poder econômico e político. Segundo o documento, haveria cooptação ilícita de eleitores e restrição ao acesso de opositores em áreas controladas por facções criminosas.

Além disso, Cícero Lucena entrou com uma Aije contra Marcelo Queiroga e o vice Sérgio Queiroz (Novo), alegando abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação devido à veiculação de notícias falsas durante o segundo turno das eleições.

O POVO PB

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