Conselheiro tutelar é alvo da operação ‘Território Livre’ da Polícia Federal em João Pessoa

11 set 2024 - Paraíba / Política

Polícia Federal — Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (10), a Operação Território Livre, que tem como objetivo combater o aliciamento violento de eleitores e a atuação de organizações criminosas em João Pessoa. Um dos alvos da ação foi o conselheiro tutelar Josevaldo Gomes da Silva, coordenador adjunto da Região Praia, que teve sua residência, localizada no bairro dos Estados, alvo de um dos mandados de busca e apreensão.

Além do conselheiro, a operação também cumpriu mandados no bairro São José e na residência da vereadora Raíssa Lacerda (PSB), que é candidata nas eleições. De acordo com a apuração do portal Jornal da Paraíba, na casa da parlamentar foram apreendidos dinheiro em espécie, aparelhos celulares e contracheques de funcionários da Prefeitura de João Pessoa.

O portal tentou contato com o conselheiro Josevaldo Gomes e a vereadora Raíssa Lacerda, mas até o momento não obteve resposta de ambos.

Detalhes da Operação Território Livre

Segundo a Polícia Federal, a operação visa desarticular uma organização criminosa que estaria influenciando o processo eleitoral por meio de coação e violência, prática conhecida como aliciamento eleitoral. Durante a ação, foram apreendidos R$ 35 mil em espécie, além de documentos com dados pessoais de diversas pessoas que não residiam nos locais onde ocorreram as buscas.

Em nota, a Polícia Federal destacou que as provas apreendidas “podem indicar materialidade e autoria, reforçando os elementos já colhidos durante a investigação policial, com o objetivo de responsabilizar os envolvidos pelos crimes eleitorais”.

O que é o Aliciamento Eleitoral?

O aliciamento de eleitores é definido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) como a prática ilegal de convencer eleitores, por meio de coerção ou promessas de benefícios, a votar em um determinado candidato ou partido. Esse crime é punível com detenção de seis meses a um ano, prestação de serviços à comunidade e multa que varia de 5 mil a 15 mil UFIRs.

Nota da Prefeitura de João Pessoa

A Polícia Federal informou que entre os materiais apreendidos durante a operação estão contracheques de servidores da Prefeitura de João Pessoa. Em resposta, a administração municipal emitiu uma nota esclarecendo que “nenhum servidor público municipal nomeado ou contratado está entre os alvos da Operação Território Livre”.

A prefeitura também lamentou a tentativa de vincular o Executivo municipal aos acontecimentos investigados, reafirmando que nenhum imóvel ou repartição da Prefeitura de João Pessoa foi alvo de busca e apreensão durante a operação.

 

O POVO PB

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