Criança com autismo que denunciou estupro em escola de João Pessoa será ouvida pelo Ministério Público nesta terça-feira (18)
17 nov 2025 - Notícias
Criança com autismo que denunciou estupro em escola de João Pessoa será ouvida pelo Ministério Público nesta terça-feira (18) — Foto: Edcarlos Santana
Uma criança de 12 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que denunciou ter sido estuprada dentro de uma escola municipal de João Pessoa, será ouvida nesta terça-feira (18) pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB). A mãe do garoto também prestará depoimento. As informações foram confirmadas pelo advogado da família.
O caso, revelado na semana passada, está sob investigação da Polícia Civil e corre em segredo de justiça. Segundo o delegado Diego Garcia, o adolescente foi submetido a exame sexológico no Instituto de Medicina Legal (IML), que confirmou a prática de abuso.
Entidades que representam pessoas com deficiência tentam, desde o fim de semana, uma reunião com a secretária de Educação de João Pessoa, América de Castro. De acordo com o advogado da família, não houve retorno por parte da gestão até a publicação deste texto.
No domingo (16), o Fórum Paraibano de Luta das Pessoas com Deficiência divulgou uma nota de repúdio, denunciando suposta negligência da unidade escolar e afirmando que já havia sido informado pela mãe e pela própria coordenação da escola. O documento destaca que exames médicos comprovaram a violência.
O Fórum também relatou que, segundo a mãe, o adolescente não contava com cuidador — apesar das solicitações feitas à escola e ao Conselho Tutelar — e cobrou atuação rigorosa das autoridades: “Tomem as devidas providências para apurar e punir os responsáveis pela negligência e violência ocorrida”.
O que diz a Polícia Civil
Segundo o delegado Diego Garcia, o abuso teria ocorrido no banheiro da escola e sido praticado por adolescentes mais velhos. A vítima passou por escuta especializada e está recebendo acompanhamento psicológico.
O que diz a Secretaria de Educação
Em nota enviada na sexta-feira (14), a Secretaria de Educação de João Pessoa afirmou que não havia sido notificada oficialmente sobre o caso até então e que todos os estudantes com TEA são acompanhados por cuidadores em sala.
Além do depoimento da vítima e da mãe nesta terça-feira, a Polícia Civil deve ouvir a direção da escola e os adolescentes supostamente envolvidos, além de aprofundar diligências na unidade de ensino.
O Ministério Público acompanha o caso e poderá adotar medidas de responsabilização administrativa, civil e criminal.
O POVO PB
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