Ex-procurador do Conde é preso novamente por estelionato e uso de documentos falsos

22 jan 2024 - Paraíba

Central de Polícia Civil em João Pessoa — Foto: Edcarlos Santana

Nesta segunda-feira (22), Francisco Cavalcante Gomes, ex-procurador do município do Conde, no Litoral Sul da Paraíba, foi preso por crimes de estelionato e uso de documentos falsos relacionados a vendas irregulares de terrenos na cidade. As investigações foram conduzidas pela Polícia Civil.

Segundo o delegado João Paulo Amazonas, responsável pelo inquérito das vendas irregulares de terrenos, a Justiça decretou a regressão da pena do ex-procurador, que estava cumprindo regime semiaberto por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção ativa e peculato. A decisão ocorreu após a unificação de todos os processos em um único inquérito.

“Ele teve o benefício concedido de responder ao processo em liberdade; no entanto, havia outros processos criminais que ele respondia, entre eles processos de estelionato e uso de documento falso. Nesses processos, ele foi condenado. Houve a unificação das penas dos outros processos, e foi decretada a regressão do regime”, explicou o delegado.

Após a expedição do mandado de prisão, Francisco Cavalcante foi detido no Conde e encaminhado para a Penitenciária de Segurança Média de João Pessoa, em Mangabeira.

Os crimes de estelionato e uso de documentos falsos foram cometidos após o ex-procurador deixar suas funções na cidade, ao contrário de outros delitos, que, segundo a polícia, foram praticados enquanto ele ainda era procurador.

A defesa do ex-procurador não se pronunciou até o momento.

Francisco Cavalcante já havia sido preso em 2018 em uma operação conjunta do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE). Na época, a prisão ocorreu por lavagem de dinheiro e fraudes contra o erário da cidade. Tanto ele quanto a então prefeita Tatiana Lundgren foram acusados de desapropriação fraudulenta de terras no valor de R$ 620 mil. O ex-procurador fechou um acordo de delação premiada, resultando em sua liberdade em regime semiaberto.

 Redação O POVO PB

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