Hospital de Trauma de Campina Grande inaugura ambulatório para travestis e transexuais
11 mar 2022 - Paraíba
Hospital de Trauma de Campina Grande inaugura Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais da Paraíba (Ambulatório TT/PB) — Foto: Secom-PB/Divulgação
O Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes em Campina Grande inaugura, nesta sexta-feira (11), o Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais da Paraíba (Ambulatório TT/PB). O espaço está instalado no anexo da unidade de saúde. Esse será o segundo ambulatório do estado, o primeiro funciona no Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa.
Na última terça-feira (8) foi realizada a primeira capacitação com a equipe de profissionais do ambulatório TT, juntamente com os coordenadores da linha de frente (acolhimento, recepção e segurança) e todo o corpo diretor (direção, núcleo jurídico e RH).
O atendimento no ambulatório TT vai contar com equipe multiprofissional composta por psiquiatra, endocrinologista, urologista, ginecologista, enfermeiro, psicólogo, assistente social e gerente administrativo.
A porta de entrada para o atendimento será o Centro de Referência Luciano Bezerra, que funciona na Rua Dom Pedro I, 558, no bairro do São José, em Campina Grande. O acolhimento será feito por profissional da equipe interdisciplinar, que irá desenvolver um plano terapêutico individual, conforme as necessidades de atenção de cada indivíduo.
Valorização e respeito à Diversidade Humana
Esse ambulatório atende a um pleito antigo da sociedade civil, no processo de interiorização da política pública LGBT, declara a secretária da Mulher e da Diversidade Humana da Paraíba, Lídia Moura. “Nós conseguimos implementar este valioso instrumento de dignidade e valorização da vida das mulheres trans, travestis e homens trans no seu processo transexualizador. É uma grande conquista para a população LGBTQIAP+ da Paraíba que é usuária do nosso Centro de Referência Luciano Bezerra, em Campina Grande, que de agora em diante é a porta de entrada para o novo ambulatório TT”, diz a secretária.
Apenas maiores de idade vão ter acesso
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) explicou porque menores de idade, com autorização dos pais ou responsáveis, não podem ter acesso ao serviço.
Segundo a pasta, na portaria que rege o processo transexualizador do SUS, não se permite menores de idade. Existe uma resolução do Conselho Regional de Medicina (CRM) que autoriza fazer o bloqueio hormonal aos 16 para iniciar o processo, mas não está regulamentado no SUS.
Apesar de médicos executarem o procedimento de forma particular, o serviço público deve seguir o regimento do SUS, de acordo com a SES.
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