Justiça nega pedido de prisão domiciliar a Kaline Neres, presa na ‘Operação Território Livre’
21 set 2024 - Paraíba / Política
Justiça nega pedido de prisão domiciliar a Kaline Neres, presa na ‘Operação Território Livre’ — Foto: Reprodução
A juíza Virgínia Gaudêncio de Novais, da 76ª Zona Eleitoral de João Pessoa, negou, nesta sexta-feira (20), o pedido da defesa de Kaline Neres do Nascimento Rodrigues para converter sua prisão preventiva em prisão domiciliar. A defesa de Kaline alegou que ela possui dois filhos menores de idade, argumento que, segundo a magistrada, “não é suficiente para revogar a prisão preventiva”.
Kaline foi presa durante a segunda fase da Operação Território Livre, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira (19), em uma investigação que apura supostas práticas de aliciamento de eleitores na campanha da vereadora Raissa Lacerda (PSB) no bairro do Alto do Mateus.
A defesa de Kaline Neres apresentou o pedido de prisão domiciliar sob o argumento de que a investigada é mãe de dois filhos menores de idade. Contudo, a juíza Virgínia Novais considerou que este fato, por si só, não justificaria a conversão da prisão preventiva.
“Dada a extensão da matéria inerente à demanda, não restam dúvidas de que a liberdade da investigada constitui uma ameaça à ordem pública”, afirmou a magistrada, ao reforçar que a prisão preventiva se mantém necessária diante das acusações e das provas apresentadas até o momento.
Kaline Neres foi presa no presídio Júlia Maranhão, em Mangabeira, onde se encontra desde a deflagração da operação. Além dela, foram conduzidas para o local a vereadora Raissa Lacerda (PSB), Taciana Batista do Nascimento e Pollyana Monteiro Dantas.
Entre os envolvidos na operação, Pollyana Monteiro Dantas conseguiu o direito de cumprir prisão domiciliar, devido à necessidade de cuidar de sua mãe idosa, de 90 anos, que possui uma série de condições especiais de saúde e depende de sua filha para os cuidados diários. Já Kaline, apontada pela Polícia Federal como uma das articuladoras do esquema de aliciamento de eleitores no Alto do Mateus, teve seu pedido negado pela Justiça.
Outros alvos da operação
A Polícia Federal informou que, além das mulheres presas, outros alvos de mandados de prisão foram Kenny Rogeus Gomes da Silva, que já estava cumprindo pena no presídio PB1, e David Sena de Oliveira, conhecido como “Cabeça”. Este último, entretanto, ainda não foi localizado pelas autoridades.
A Operação Território Livre é parte de um esforço das autoridades federais para combater crimes eleitorais, especialmente em áreas vulneráveis de João Pessoa, onde o poder de facções criminosas e a manipulação do voto são uma constante preocupação.
O POVO PB
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