Justiça nega prisão domiciliar a pediatra acusado de estupro e determina transferência para João Pessoa
21 mar 2025 - Paraíba / Política
Pediatra acusado de abusos contra crianças afirma que não ficará preso: ”só dois dias e saio” — Foto: Reprodução
O juiz Luiz Eduardo Souto, da 4ª Vara Criminal da Capital, negou, nesta sexta-feira (21), o pedido de defesa do pediatra Fernando Cunha Lima para cumprir prisão domiciliar e determinou que o médico seja transferido para João Pessoa em até 30 dias.
A argumentou que Cunha Lima, com mais de 80 anos e debilitado por doença grave, correria risco em um presídio comum. No entanto, o juiz rejeitou o pedido, alegando que a idade avançada não é justificativa suficiente diante da gravidade dos crimes e da necessidade de preservar a ordem pública.
Além disso, o magistrado destacou que conceder prisão domiciliar sem os requisitos legais “compromete a revisão do Poder Judiciário e enfraquece a perseguição penal” .
Transferência para a Paraíba
A Justiça também negou um pedido para que o médico permaneça preso em Recife, onde tem uma filha. Assim, ele deverá ser transferido com urgência para a Paraíba pela Gerência Executiva do Sistema Penitenciário e apresentado à Vara de Execuções Penais, que definirá sua unidade prisional.
A defesa de Cunha Lima questionou a decisão e alegou que ele corre risco de morte em um presídio paraibano, mencionando casos de violência em unidades prisionais do estado. O advogado Aécio Farias também criticou que, segundo ele, a Justiça ignorou a determinação do desembargador Ricardo Vital, que concedeu direito à prisão especial ao médico.
Entendido o caso
Fernando Cunha Lima foi preso em 7 de março, em Pernambuco, acusado de estuprar crianças durante consultas médicas . As primeiras denúncias surgiram em julho de 2024, quando uma mãe relatou à polícia que viu o pediatra tocando as partes íntimas de seu filho.
Após a divulgação do caso, outras vítimas procuraram a polícia, incluindo uma sobrinha do médico, que afirma ter sido violentada por ele em 1991. Atualmente, ele responde a dois processos: um com quatro vítimas e outro com duas . O Ministério Público abusado aponta que uma das crianças foidada duas vezes.
O médico mantinha uma clínica no bairro de Tambauzinho, em João Pessoa, onde era conhecido por atender gerações de famílias. O caso segue em investigação.
O POVO PB
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