Justiça rejeita ação que pedia anulação de votação da LOA após presidente da Câmara de Conde tentar mais uma vez inviabilizar serviços essenciais
20 jan 2025 - Paraíba / Política
Em mais um episódio que levanta preocupações sobre a manutenção de serviços essenciais no município de Conde, o presidente da Câmara Municipal, Aleksandro Pessoa, tentou revogar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. A iniciativa, que poderia comprometer a prestação de serviços básicos à população, foi barrada mais uma vez pela Justiça na sexta-feira (17).
A primeira tentativa ocorreu por meio do Projeto de Lei 001/2025, apresentado pela atual legislatura da Câmara Municipal, que pedia a anulação da votação da LOA realizada pela legislatura anterior. A tramitação desse projeto foi suspensa inicialmente por decisão liminar da juíza da comarca de Conde, Dra. Lessandra Nara Torres Silva, em resposta a um mandado de segurança impetrado pelo vereador Rodrigo Gonzaga de Sousa.
Sem se conformar com a primeira derrota judicial, Aleksandro Pessoa tentou reverter a liminar, acionando o Tribunal de Justiça da Paraíba. No entanto, o presidente do TJPB, desembargador João Benedito da Silva, manteve a suspensão do projeto.
Segundo o desembargador, a tentativa de revogação da LOA não é competência do Legislativo municipal, em respeito ao princípio da separação dos poderes. Ele reforçou que apenas o Poder Executivo tem a prerrogativa de propor alterações ou revisões em leis orçamentárias, conforme estabelece a Constituição Federal de 1988.
O projeto de revogação, identificado como PL 001/2025, foi apresentado sob a justificativa de corrigir nulidades no processo de aprovação da LOA. No entanto, a Justiça entendeu que sua aprovação geraria mais instabilidade administrativa, colocando em risco o funcionamento regular de serviços públicos.
A decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba reforça a necessidade de respeitar as competências constitucionais para garantir a continuidade da administração pública e a prestação de serviços essenciais à população de Conde. O episódio também evidencia a persistente tensão política no município, onde disputas entre os poderes têm colocado em xeque a governabilidade e o bem-estar coletivo.
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