MP abre procedimento para cobrar explicações da Prefeitura de João Pessoa após morte de jovem atacado por leoa na Bica

1 dez 2025 - Paraíba

Em João Pessoa: jovem que morreu após invadir jaula de leoa na Bica é identificado — Foto: Reprodução

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) instaurou, neste domingo (30), uma notícia de fato para acompanhar as medidas adotadas pela Prefeitura de João Pessoa após a morte de Gerson de Melo Machado, de 19 anos, atacado pela leoa Leona no Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica). A gestão municipal terá 15 dias para apresentar esclarecimentos.

A abertura do procedimento foi determinada pelo 42º Promotor de Justiça da Capital, Edmilson de Campos Leite Filho, responsável pela tutela do Meio Ambiente e do Patrimônio Social.

O Ministério Público destacou que o ataque ocorreu enquanto o parque estava aberto ao público e registrado por visitantes, o que reforça a necessidade de uma avaliação criteriosa sobre as políticas de manejo de fauna e os protocolos de segurança do zoológico.

Vídeos mostram o jovem escalando uma parede de cerca de 6 metros, ultrapassando grades de proteção e utilizando uma árvore para acessar o recinto da leoa — dinâmica confirmada pela própria Prefeitura.

O que o MP quer saber

A Semam e a direção do Parque Arruda Câmara foram notificadas e devem detalhar todas as ações adotadas desde o incidente. Entre as informações exigidas estão vistorias realizadas após o ataque; medidas de segurança emergenciais e reforços estruturais; procedimentos administrativos abertos; protocolos de manejo da fauna silvestre; relatórios veterinários da leoa antes e depois do episódio e avaliação comportamental e medidas pós-ocorrência.

O MP também quer confirmação de que o parque cumpre integralmente as normas técnicas de segurança para recintos de animais silvestres.

“Estamos atentos e vigilantes ao caso, podendo adotar outras medidas sempre que necessário, especialmente no que diz respeito à segurança do animal e da população que frequenta o espaço”, afirmou o promotor.

A Prefeitura de João Pessoa informou que abriu investigação interna e que a visitação ao parque está suspensa por tempo indeterminado.

Em nota, reforçou que o jovem escalou rapidamente a parede, ultrapassou a grade de segurança e usou uma árvore para entrar no recinto da leoa Leona, que permanece sob acompanhamento veterinário.

O caso segue em apuração pelo Ministério Público, pela Polícia Civil e por equipes técnicas do próprio parque.

O POVO PB

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