MPT e MPPB investigam Hytalo Santos por suspeita de exploração de trabalho infantojuvenil na internet
13 ago 2025 - Brasil - Mundo
Hytalo Santos — Foto: Divulgação
O Ministério Público do Trabalho (MPT) confirmou, na noite desta terça-feira (12), que está apurando denúncias de exploração de trabalho infantojuvenil envolvendo o influenciador paraibano Hytalo Santos. A investigação, conduzida pelo procurador Flávio Gondim, já analisou mais de 50 vídeos publicados nas redes sociais do criador de conteúdo e ouviu mais de 15 pessoas ligadas à produção desses materiais.
“Foram analisados, de maneira muito criteriosa, mais de 50 conteúdos veiculados nas redes sociais mantidas por Hytalo Santos. Também foram colhidos mais de 15 depoimentos de pessoas vinculadas ao projeto de produção digital, incluindo ex-colaboradores, além de diversos documentos”, afirmou Gondim.
As contas de Hytalo estão suspensas desde a última sexta-feira (8), após o humorista Felca denunciar, publicamente, a suposta exploração de menores de idade nos conteúdos do paraibano.
Paralelamente, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) também investiga o caso. Uma ação civil pública foi movida pela promotora Ana Maria França, que atua na promotoria de Bayeux. Segundo ela, o procedimento foi instaurado a partir de denúncias de moradores do condomínio onde Hytalo residia.
As reclamações apontavam condutas irregulares, como gravações com crianças e adolescentes que se estendiam até a madrugada, uso de bebidas alcoólicas nas filmagens e cenas com conotação sensual. “Começamos a coletar provas, dados e documentos, sempre dentro dos ditames legais. Tivemos a colaboração de entidades parceiras para viabilizar a recomendação”, explicou Ana Maria.
Outro inquérito está em andamento na capital, sob responsabilidade dos promotores João Arlindo Corrêa Neto e Ivete Leônia Soares de Oliveira Arruda. O relatório final deve ser concluído na próxima semana.
O MPPB confirmou que Hytalo foi ouvido em 30 de maio de 2025, em Bayeux, e também na investigação conduzida em João Pessoa. As vítimas não foram novamente ouvidas para evitar a revitimização, pois já haviam prestado depoimento anteriormente.
Segundo o promotor João Arlindo, o influenciador negou todas as acusações durante os interrogatórios.
O POVO PB
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