Operação Fachada: Polícia Civil desarticula organização criminosa por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas em Campina Grande
15 abr 2025 - Paraíba
Central de Polícia Civil de Campina Grande — Foto: Reprodução
A Polícia Civil da Paraíba deflagrou a Operação Fachada, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa interestadual envolvida com lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, com base de atuação em Campina Grande. A ação foi realizada na segunda-feira (14), mas os detalhes foram divulgados nesta terça-feira (15) pela corporação.
A investigação aponta que o grupo criminoso utilizava empresas de fachada, como um salão de beleza e uma loja de material de construção, para lavar recursos oriundos do tráfico de entorpecentes. De acordo com o delegado Elton Vinagre, o grupo também mantinha ligações com traficantes da Região Sul do país.
A operação resultou na apreensão de mais de oito veículos de luxo, entre carros e motocicletas, além do bloqueio de dezenas de contas bancárias, que teriam movimentado milhões de reais em nome dos criminosos e de pessoas usadas como “laranjas”.
Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em diferentes pontos da cidade. Entre os presos estão dois detentos do Presídio do Serrotão, em Campina Grande, que mesmo encarcerado, continuavam a comandar o esquema criminoso de dentro da unidade prisional.
Também foram presas pessoas próximas aos líderes da organização, incluindo uma servidora contratada da Prefeitura Municipal de Campina Grande, identificada como irmã do principal líder do grupo, que já se encontra preso. A polícia afirma que a funcionária atuava como “laranja” no esquema.
Em nota, a Prefeitura de Campina Grande informou que a suposta envolvida será afastada imediatamente e que será instaurado um processo administrativo disciplinar para apurar os fatos. A gestão municipal ressaltou que a atuação da servidora não tem qualquer relação com suas funções na administração pública.
As investigações foram iniciadas ainda no fim de 2024, mas ganharam força no início de 2025, após a apreensão de 300 quilos de maconha e a prisão de um dos integrantes do grupo. A partir desse ponto, a polícia conseguiu identificar os demais envolvidos, além das empresas utilizadas para camuflar a movimentação financeira ilegal.
A Polícia Civil reforçou que continuará as diligências para identificar outros possíveis integrantes da organização e aprofundar a análise patrimonial dos envolvidos, com o objetivo de restituir os valores obtidos de forma ilícita.
O POVO PB
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