Pedido de escolta ao deputado Ruy Carneiro reacende debate sobre segurança nas eleições na Paraíba

22 ago 2024 - Paraíba / Política

Polícia Federal — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Um pedido de escolta policial para o deputado federal e candidato a prefeito de João Pessoa, Ruy Carneiro (Podemos), encaminhada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), à Superintendência da Polícia Federal, trouxe à tona uma nova discussão sobre a segurança pública nas eleições deste ano na Paraíba. O pedido, que gerou grande repercussão, destaca a preocupação crescente com a segurança durante o período eleitoral, especialmente em um cenário de intensificação da violência em algumas regiões do estado.

Esta medida, considerada um pouco usual, remete à última solicitação semelhante feita ao deputado federal Luiz Couto (PT), que, na época, denunciou a atuação de grupos de extermínio e sofreu represálias. A situação atual evidencia um ambiente de insegurança que se tornou uma preocupação central para autoridades e para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Paraíba.

Recentemente, o TRE enviou pedidos de tropas federais para os municípios de Cabedelo, Bayeux e Fagundes, citando como principais motivos as guerras entre facções criminosas e o risco de interferência dessas organizações no processo eleitoral. Em Cabedelo e Bayeux, as facções ligadas ao tráfico de drogas e os elevados índices de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) foram fatores determinantes para essa decisão.

A solicitação de escolta para Ruy Carneiro em João Pessoa aponta para a necessidade de uma análise mais aprofundada da segurança pública na capital paraibana. João Pessoa enfrentou desafios semelhantes aos de Cabedelo e Bayeux, como a presença de facções disputando territórios e relatos de intimidação a candidatos, que inclusive resultaram na suspensão de eventos de campanha.

Nos primeiros seis meses deste ano, João Pessoa registrou 105 ocorrências de CVLIs, evidenciando a gravidade da situação. Além disso, o acirramento da disputa eleitoral na capital, com pelo menos quatro candidaturas competitivas, torna o ambiente ainda mais tenso e suscetível a interferências externas.

Este cenário de insegurança e incerteza deverá ser enfrentado e analisado pelos juízes eleitorais, partidos, coligações e membros do Ministério Público Eleitoral, que desempenharão um papel crucial na garantia da integridade do pleito.

O POVO PB

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