PSOL de João Pessoa recorrerá decisão judicial que proíbe reunião para definir pré-candidatura
16 jul 2024 - Paraíba / Política
PSOL de João Pessoa recorrerá decisão judicial que proíbe reunião para definir pré-candidatura — Foto: Divulgação
O Diretório Municipal do PSOL em João Pessoa decidiu recorrer da decisão judicial que proibiu a realização de uma reunião da cúpula da legenda para decidir sobre a manutenção da pré-candidatura de Celso Batista (PSOL) à Prefeitura da capital ou o apoio ao deputado estadual Luciano Cartaxo (PT), sem a consulta aos demais filiados.
Segundo a presidente do PSOL de João Pessoa, Áurea Augusta, a decisão de recorrer foi tomada por oito votos a um durante uma reunião realizada na noite desta segunda-feira (15). A reunião foi interrompida pela chegada de um oficial de justiça com a notificação para cumprimento da decisão do juiz Ricardo da Silva Brito, da 10ª Vara Cível de João Pessoa.
Na decisão, o juiz determinou que não fosse deliberada nenhuma posição da executiva municipal do PSOL em relação à manutenção da pré-candidatura ou a realização de coligação com o PT, nem sobre convenções partidárias. Também estabeleceu um prazo de 72 horas para a convocação de uma plenária que ouça democraticamente os filiados sobre essas questões.
“A gente cumpriu o que a justiça determinou. Não deliberamos sobre esses dois pontos, mas mantivemos a reunião, discutimos sobre os informes que a gente tinha para dar e inserimos como pauta também a discussão sobre o processo. E o Diretório Municipal, por oito votos a um e uma abstenção, decidiu constituir advogado para recorrer”, explicou Áurea Augusta.
O ex-presidente do PSOL, Tárcio Teixeira, favorável a uma aliança em torno de Cartaxo, comemorou a decisão da Justiça e o recurso. Ele espera que uma reunião já aconteça na próxima quinta-feira (18) para deliberar sobre a questão.
“A Direção Municipal, em seu estatuto, tem toda autoridade e legitimidade, é uma direção aprovada em plenária de filiados, escolhida em congresso do nosso pessoal. Nós entendemos que o momento agora é de enfrentar a extrema-direita, que já aparece em algumas pesquisas em segundo lugar, e eleger os primeiros parlamentares do PSOL. Estamos confiantes com essa nossa reunião da quinta e acreditando na unidade do partido”, comentou Tárcio à CBN Paraíba.
Já Alexandre Soares, candidato ao Senado em 2022, criticou a maneira como o processo está sendo conduzido. Ele defende que a militância seja consultada por uma plenária, pois acredita que a maioria do partido prefere uma candidatura própria.
“Nós temos uma maioria do partido que estima pela candidatura própria, defende a candidatura própria e rejeita a coligação com o Cartaxo. Houve um esforço do nosso lado no sentido de abrir o diálogo, de conversar com o PT, mas foi uma candidatura forjada nas bases que conhecemos, com Ricardo Coutinho intervindo nas decisões internas do Partido dos Trabalhadores e agora querendo influenciar no PSOL”, declarou Alexandre.
O POVO PB
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