Suspeita de envolvimento no ‘golpe do tomate’ se entrega à polícia em João Pessoa
9 set 2024 - Paraíba
Empresário preso por golpe milionário: Hort Agreste tem capital social de R$ 250 mil, mas prejuízo pode chegar a R$ 120 milhões — Foto: Hort Agreste Hidroponia/Divulgação
Priscila dos Santos Silva, a terceira suspeita envolvida no esquema que prometia lucros irreais através de investimentos em cultivos hidropônicos, conhecido como o “Golpe do Tomate”, se entregou à polícia nesta segunda-feira (9). Ela estava foragida e se apresentou na Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa, onde foi ouvida.
O golpe, centrado na empresa Hort Agreste, localizada em Lagoa Seca, Paraíba, causou um prejuízo estimado em mais de R$ 120 milhões nos últimos dois anos. Segundo as investigações, o esquema envolvia a plantação de tomate como o principal atrativo, e oferecia rendimentos irreais aos investidores, sendo Nuriey Castro apontado como responsável pela captação e distribuição de valores.
Nuriey Castro, já preso no último dia 4 de setembro, e Priscila dos Santos Silva, que teve mandado de prisão expedido em 3 de setembro, foram acusados junto com o empresário Jucélio Pereira de Lacerda, que havia sido preso em fevereiro. Os três são réus por estelionato majorado e formação de quadrilha.

Empresário Jucélio Pereira de Lacerda foi preso suspeito de atrair investimentos em hortaliças e dar golpe de mais de R$ 120 milhões — Foto: Hort Agreste Hidroponia/Divulgação
O esquema do ‘Golpe do Tomate’
O “Golpe do Tomate” começou com a prisão do empresário Jucélio Pereira, que oferecia altos retornos sobre investimentos no cultivo de hortaliças hidropônicas — uma técnica de cultivo sem solo, utilizando apenas água e nutrientes. Ele prometia lucros que superavam a realidade do mercado financeiro, atraindo centenas de investidores.
Uma das vítimas do golpe relatou que foi prometido um rendimento de 7% ao mês durante 12 meses para um tipo de tomate e 10% ao mês durante 24 meses para outro. No entanto, ao chegar o prazo de retorno, os pagamentos não foram efetuados.
Ação judicial e bloqueio de bens
Em resposta ao golpe, a 7ª Vara Criminal determinou a prisão preventiva e o bloqueio das contas e bens dos envolvidos. O juiz Geraldo Emílio Porto assinou a decisão no dia 2 de setembro, visando impedir novos prejuízos aos investidores.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) já havia denunciado o casal Jucélio e Priscila, além de Nuriey Francelino de Castro, em fevereiro deste ano. As investigações apontam que o trio operava o esquema de forma estruturada, atraindo investidores com promessas de lucro rápido e garantido.
O caso segue sendo investigado, e a polícia trabalha para identificar todas as vítimas envolvidas no esquema.
O POVO PB
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