Tribunal de Justiça mantém prisão preventiva do Padre Egídio e envolvidos em desvios milionários
30 jan 2024 - ParaíbaA Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, decidiu, nesta terça-feira (30), manter a prisão preventiva do Padre Egídio de Carvalho Neto, bem como das investigadas Janine Dantas e Amanda Duarte, em decorrência das suspeitas de desvios milionários em recursos destinados ao Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
O sacerdote foi detido durante a segunda fase da Operação Indignus, em 17 de novembro de 2023, permanecendo até agora na Penitenciária Especial do Valentina de Figueiredo, na capital paraibana.
A defesa de Padre Egídio alegou a ausência de necessidade para a manutenção da prisão preventiva, enfatizando a importância de garantir a presunção de inocência do religioso. Os advogados também contestaram a fundamentação das provas apresentadas pelo Ministério Público da Paraíba, alegando que são ‘infundadas’.
O desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator do processo, votou pela manutenção das prisões de Egídio, Janine Dantas e Amanda Duarte. A decisão foi acompanhada pelos desembargadores Márcio Murilo da Cunha Ramos, Joás de Brito Filho, Fred Coutinho e Saulo Benevides.
O Ministério Público da Paraíba defendeu a necessidade de manter as prisões em parecer encaminhado ao Tribunal de Justiça, alegando que as cautelares são essenciais para garantir a ordem pública. A procuradora Maria Lurdélia Diniz de Albuquerque Melo destacou que a liberdade dos investigados equivaleria à garantia da impunidade, dificultando a recuperação dos recursos desviados.
A procuradora ressaltou que os desvios afetaram significativamente a vida de diversas pessoas, especialmente pacientes que dependiam do serviço de saúde pública. Em seu parecer, ela enfatizou a importância de uma resposta judicial justa e equitativa diante do que classificou como um dos maiores escândalos de corrupção institucional na história da Paraíba.
O Caso:
Padre Egídio de Carvalho Neto foi preso preventivamente por determinação do desembargador Ricardo Vital de Almeida, sendo acusado de participar de uma organização criminosa que desviava recursos do Hospital Padre Zé. As investigações apontam para a construção de uma fortuna pessoal do sacerdote, envolvendo aquisição de imóveis de luxo em diferentes estados.
O Povo PB
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