Veja o que dizem os citados da operação ‘Livro Aberto’ que apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na educação da Paraíba

11 jun 2024 - Paraíba / Política

Centro Administrativo da Paraíba — Foto: Edcarlos Santana/OPovoPB

Nesta terça-feira (11), a Polícia Federal deflagrou a Operação Livro Aberto, que investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo contratos da Secretaria de Estado da Educação da Paraíba, firmados em 2018. Estima-se que os prejuízos aos cofres públicos alcancem R$ 4 milhões. A operação, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça, cumpriu 12 mandados de busca e apreensão.

Alvos da Operação

Entre os alvos dos mandados estão figuras políticas de destaque na Paraíba, como o deputado estadual Branco Mendes (Republicanos) e o ex-deputado estadual Lindolfo Pires (PP), atualmente secretário de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel-PB). Além deles, outras pessoas são investigadas, incluindo:

  • Artur Cunha Lima, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado
  • Tião Gomes, deputado estadual
  • Artur Cunha Lima Filho, ex-deputado estadual
  • Edmilson Soares, ex-deputado estadual
  • Genival Matias, ex-deputado estadual (falecido em 2020)

Os crimes investigados incluem fraude em licitação, desvio de recursos públicos, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Declarações dos envolvidos

Lindolfo Pires afirmou estar surpreso com a operação, informando que se encontra fora da Paraíba em viagem. “Fomos intimados a comparecer para prestar esclarecimento, mas esclarecimento esse que não diz do que se propõe, de que fato concreto e objetivo eles estão tratando. No momento oportuno, eu espero esclarecer tudo isso para que realmente a verdade possa prevalecer”, declarou o ex-deputado.

Branco Mendes, em nota, assegurou estar à disposição para cooperar integralmente com as investigações. “Tenho a consciência tranquila de que não tenho nenhum envolvimento com os fatos mencionados”, declarou o deputado estadual.

Tião Gomes, também citado como investigado, reforçou em nota que sempre pautou sua trajetória política “na retidão e coerência com a justiça e a verdade”. Ele afirmou ainda que não teve acesso aos autos do processo e que não foi convocado ou intimado para prestar declarações, além de não ter sido alvo de busca e apreensão em seus endereços.

Posição da secretaria de educação

A Secretaria de Estado da Educação informou que não possui uma posição oficial sobre a operação, uma vez que as investigações se referem a contratos firmados em 2018, durante uma gestão anterior.

A Operação Livro Aberto é mais um capítulo na série de investigações que buscam combater a corrupção e o desvio de recursos públicos na Paraíba. As operações anteriores já resultaram em várias ações judiciais e administrativas, reforçando a necessidade de transparência e responsabilidade na gestão pública.

O POVO PB

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