Defesa do Padre Egídio solicita inclusão de 35 testemunhas, incluindo autoridades, em processo de desvio de recursos do Hospital Padre Zé

2 fev 2024 - Paraíba

Arquidiocese proíbe Padre Egídio de celebrar missas por suspeita de desvios no Padre Zé — Foto: Divulgação

A defesa do Padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé, apresentou à 4ª Vara Criminal da Comarca de João Pessoa um pedido para anexar 35 testemunhas ao processo em que o religioso é acusado pelo Ministério Público da Paraíba de desviar aproximadamente 140 milhões de reais em recursos da instituição filantrópica. Entre as testemunhas solicitadas estão figuras proeminentes, como o governador João Azevêdo, o secretário de estado da saúde, Jhony Bezerra, e o arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson.

O processo alega que Padre Egídio teria desviado R$ 193.440,00, parte destinada à compra de um veículo, registrado em nome da segunda acusada, e o restante por meio de fraude em contrato de locação, ao longo de 20 meses.

A defesa, liderada pelo advogado Luciano Santoro, fundamenta o pedido de inclusão dessas testemunhas na necessidade de esclarecimento dos fatos. Segundo Santoro, essas pessoas são consideradas importantes para contribuir com o entendimento da verdade no processo.

Granja de padre Egídio, ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa — Foto: Reprodução

A lista de testemunhas inclui diversas autoridades, como Dom Frei Manoel Delson Pereira da Cruz, arcebispo da Paraíba, e padres ligados a diferentes paróquias da região. Também estão presentes nomes como o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, o secretário de estado da administração, Tibério Limeira, e a secretária municipal de saúde de João Pessoa, Luis Ferreira, entre outros.

O pedido de inclusão das testemunhas faz parte da estratégia da defesa, que busca a rejeição da denúncia do Ministério Público por “inépcia e pela ausência de justa causa para o início da ação penal”. O advogado destaca que essas testemunhas não são vinculadas a uma ou outra parte, mas sim ao processo como um todo, buscando esclarecer os fatos em discussão.

O processo, originado pela operação “Indignus”, que investiga irregularidades no Hospital Padre Zé, continua gerando repercussões na esfera política e religiosa da Paraíba. A acusação de desvio milionário de recursos destinados a fins filantrópicos tem levado a uma complexa rede de investigações, envolvendo diversas figuras públicas e autoridades.

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O Povo PB

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