Depressão atinge mais de 10% dos idosos entre 60 e 64 anos no Brasil, aponta IBGE
27 jan 2025 - Brasil - Mundo
Depressão atinge mais de 10% dos idosos entre 60 e 64 anos no Brasil, aponta IBGE — Foto: Divulgação
Um levantamento recente do IBGE revelou que 13% dos idosos brasileiros com idades entre 60 e 64 anos sofrem de depressão. Os especialistas alertam que, muitas vezes, o problema tem origem dentro do próprio lar, devido ao preconceito e à falta de apoio familiar.
O psicólogo especializado no atendimento a idosos, consultado para a análise, destacou que o preconceito etário, conhecido como etarismo, é um dos principais fatores que destacam para a vulnerabilidade emocional dos idosos. “A sociedade não abraça como deveria. Muitas vezes à terceira idade enfrentam piadas, exclusão e falta de valorização, o que abala profundamente a saúde mental”, afirma.
Para combater essa realidade, iniciativas como a Associação Promocional do Ancião, em João Pessoa, oferecem um espaço de acolhimento e atividades que promovem o bem-estar e a interação social. Entre as práticas, destacam-se pintura, escrita e estímulos cognitivos, que ajudam a reduzir a solidão e a fortalecer a autoestima.
“Temos idosos que não souberam escrever o próprio nome e hoje não conseguem apenas isso, mas também realizaram laços de amizade e apoio mútuo”, relatou um dos organizadores do projeto. Para os participantes, o ambiente proporciona uma nova perspectiva de vida, valorizando suas histórias e experiências.
Além disso, a geografia aposentada dona Loia reforça a importância da solidariedade. “Transmitir conhecimento e ajudar quem não teve oportunidades é maravilhoso. Onde há acolhimento, não há espaço para os fantasmas da solidão”, afirma.
Especialistas defendem que o combate à depressão na terceira idade comece com empatia familiar, seguido por um esforço social e investimentos em políticas públicas voltadas para a inclusão e valorização dos idosos. “Cuidar da saúde mental dos nossos idosos é essencial para garantir uma vida digna e reduzir os custos futuros com tratamentos de saúde pública”, conclui o psicólogo.
O POVO PB
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