GAECO apresenta nova denúncia contra Padre Egídio na Operação Indignus

24 jul 2024 - Paraíba

Arquidiocese proíbe Padre Egídio de celebrar missas por suspeita de desvios no Padre Zé — Foto: Divulgação

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público da Paraíba apresentou à Justiça a quarta denúncia relacionada à Operação Indignus, que investiga desvios milionários no Hospital Padre Zé e outras instituições. Na ação, o padre Egídio de Carvalho Neto é acusado de estelionato. A denúncia foi recebida pelo juiz Wolfram da Cunha Ramos no último dia 18.

De acordo com o Ministério Público, o religioso teria enganado uma médica de 76 anos, levando-a a doar R$ 530 mil ao Hospital Padre Zé. A vítima, que trabalhou por anos na instituição, inicialmente procurou Egídio com a intenção de doar os recursos à igreja católica. No entanto, ao solicitar um encontro com o arcebispo da Paraíba, Dom Delson, foi convencida pelo padre a direcionar a doação diretamente ao hospital, sem passar pelo arcebispo. Em troca, ela foi homenageada com a colocação de seu nome em um dos setores da unidade.

A transferência do valor ocorreu em 4 de abril de 2022. Além disso, o GAECO aponta que o ex-diretor da instituição solicitou um empréstimo de R$ 100 mil à idosa, transferência que ocorreu em 6 de maio de 2022. Segundo o MP, os valores recebidos foram posteriormente desviados das contas das instituições dirigidas por Egídio para contas pessoais do religioso e de ex-diretoras. Dos R$ 530 mil repassados em doação, R$ 509 mil teriam sido desviados. Já dos R$ 100 mil obtidos por empréstimo, metade teria sido direcionada para Egídio.

O Ministério Público estima um dano material de R$ 630 mil e um dano coletivo de R$ 1 milhão. Padre Egídio já havia sido denunciado anteriormente pelo desaparecimento de aparelhos celulares, além de outras duas ações relacionadas à compra e aluguel de um veículo e à aquisição de monitores hospitalares.

Outro lado

O blog tentou entrar em contato com a defesa do padre Egídio de Carvalho, mas não obteve resposta até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.

Atualmente, padre Egídio de Carvalho cumpre prisão domiciliar.

O POVO PB

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