Justiça concede liberdade a ré no caso do “Golpe do Tomate” em João Pessoa
12 dez 2024 - Paraíba
Justiça concede liberdade a ré no caso do “Golpe do Tomate” em João Pessoa — Foto: Reprodução /Tv Correio
Priscila dos Santos Silva, acusada de participação no esquema conhecido como “Golpe do Tomate”, foi colocada em liberdade nesta quinta-feira (12), por decisão do juiz Geraldo Emílio Porto, da 7ª Vara Criminal de João Pessoa. Priscila esteve presa preventivamente desde setembro no Presídio Feminino Júlia Maranhão.
A decisão foi tomada após pedido da defesa. Segundo o magistrado, a prisão preventiva não era mais necessária nesta fase processual. Como contrapartida, Priscila deverá cumprir medidas cautelares, incluindo a proibição de deixar a comarca e a entrega do passaporte no prazo de 24 horas.

Empresário preso por golpe milionário: Hort Agreste tem capital social de R$ 250 mil, mas prejuízo pode chegar a R$ 120 milhões — Foto: Hort Agreste Hidroponia/Divulgação
O caso
Priscila dos Santos Silva é uma das três pessoas denunciadas no esquema que teria causado prejuízos superiores a R$ 120 milhões. O golpe, operado pela empresa Hort Agreste em Lagoa Seca, Paraíba, prometeu lucros irreais a investidores em cultivos hidropônicos, especialmente de tomate.
De acordo com as investigações, Priscila, junto com Nuriey Francelino de Castro e o empresário Jucélio Pereira de Lacerda, atraiu investidores com a promessa de rendimentos mensais de até 10%. No entanto, os pagamentos não foram efetuados, levando ao colapso do esquema.

Empresário Jucélio Pereira de Lacerda foi preso suspeito de atrair investimentos em hortaliças e dar golpe de mais de R$ 120 milhões — Foto: Hort Agreste Hidroponia/Divulgação
Nuriey Castro foi preso em setembro, e Jucélio Lacerda foi detido em fevereiro. Priscila, que estava foragida, foi entregue à Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa no início de setembro.
O advogado Getúlio Souza afirmou que a decisão do juiz não implica julgamento sobre a culpabilidade da acusada, mas sim sobre a desnecessidade da prisão preventiva no momento. “A tese defensiva é de insuficiência de provas. O magistrado entendeu que ela pode responder ao processo em liberdade, o que consideramos uma decisão acertada”, destacou.
Ainda segundo a defesa, Priscila cumprirá todas as medidas impostas pela Justiça enquanto aguarda o andamento do processo.
Apesar da soltura de Priscila, os outros dois réus permaneceram presos preventivamente. A Polícia e o Ministério Público acompanham investigando o caso e trabalhando na identificação de novas vítimas do esquema.
Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de bens e contas dos envolvidos, garantindo possíveis ressarcimentos às vítimas.
O POVO PB
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