Justiça converte prisão de tenente investigado na chacina do Conde em medidas cautelares

13 nov 2025 - Paraíba

Justiça converte prisão de tenente investigado na chacina do Conde em medidas cautelares — Foto: Reprodução

O tenente Alex William de Lira Oliveira, investigado por envolvimento na chacina do Conde, na Grande João Pessoa, teve a prisão preventiva substituída por medidas cautelares, conforme decisão publicada nesta quarta-feira (12) pelo juiz Anderly Ferreira Marques.

A chacina ocorreu em 15 de fevereiro e resultou na morte de cinco jovens, com idades entre 17 e 26 anos. Seis policiais militares são investigados por homicídio e fraude processual na ação. Os outros cinco acusados já haviam recebido medidas cautelares em setembro.

Segundo o processo, o tenente Alex estava fora do país no período inicial das investigações, o que, segundo a Justiça, dificultava a coleta de provas. Ele foi preso ao retornar ao Brasil, no dia 6 de novembro.
Agora, com a apresentação espontânea e o avanço das investigações, o magistrado entendeu que a prisão poderia ser substituída por restrições.

O tenente deverá cumprir as mesmas determinações aplicadas aos demais acusados, entre elas:

  • uso de tornozeleira eletrônica;

  • afastamento imediato de atividades operacionais, sendo designado para funções administrativas;

  • proibição de contato com familiares das vítimas, testemunhas e outros investigados;

  • recolhimento domiciliar das 20h às 5h;

  • comparecimento mensal à Justiça até o dia 10;

  • proibição de deixar a comarca por mais de 10 dias sem autorização;

  • proibição de frequentar áreas próximas às residências das vítimas.

A defesa informou que a decisão deve ser cumprida ainda hoje. O tenente estava detido no 1º Batalhão da Polícia Militar, em João Pessoa. Os advogados afirmam que ele estava no exterior em férias autorizadas e permaneceu fora do país porque sua esposa teve complicações na gravidez.

O caso

A ação policial que originou a investigação ocorreu em 15 de fevereiro de 2025. Segundo a Polícia Militar, os cinco jovens mortos planejavam atacar um grupo no Conde para vingar um feminicídio ocorrido horas antes.
O carro onde estavam foi interceptado na Ponte do Arco e atingido por diversos disparos. Todos morreram no local.

As vítimas foram:

  • Fábio Pereira da Silva Filho, 26 anos

  • Emerson Almeida de Oliveira, 25 anos

  • Alexandre Bernardo de Brito, 17 anos

  • Cristiano Lucas, 17 anos

  • Gabriel Cassiano de Sousa, 17 anos (filho da vítima do feminicídio)

A Polícia Civil e o Ministério Público seguem investigando o caso.

O POVO PB

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