Polícia Federal faz buscas em endereços de três deputados federais do PL

12 mar 2022 - Brasil - Mundo

A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski Foto: PF

A Polícia Federal fez buscas nesta sexta-feira (11) em endereços de três deputados federais do PL, o Partido Liberal.

Os policiais apreenderam documentos nas residências e nos escritórios políticos dos três parlamentares.

O deputado Josimar Maranhãozinho é alvo da PF desde de 2020. Os investigadores apontam que ele chefiava um esquema criminoso para desviar emendas parlamentares, dinheiro público destinado para promover melhorias nos estados e municípios. Os deputados Pastor Gil e Bosco Costa também estariam envolvidos, de acordo com a investigação. Todos são filiados ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

O jornal “O Globo” revelou trechos da investigação a que a TV Globo também teve acesso.

A PF destacou que “Maranhãozinho é quem está à frente da estrutura criminosa, capitaneando não apenas a destinação de recursos públicos federais oriundos de emendas parlamentares próprias e de outros parlamentares comparsas para os municípios, mas também orientando a cobrança”, segundo os investigadores, “utilizando, inclusive, de estrutura operacional armada ao exigir dos gestores municipais a devolução de parte dessas verbas”.

Ainda de acordo com a PF, o esquema usava um agiota que se apresentava a prefeitos como responsável pelo recurso e exigia a devolução de parte do dinheiro que retornava para os deputados.

Um vídeo flagrado pela Polícia Federal em 2020 e revelado pelo jornal “O Globo” mostra o deputado com uma caixa de dinheiro em seu gabinete.

A PF também pediu autorização para buscar documentos nos gabinetes dos deputados na Câmara, mas o ministro Ricardo Lewandowski não autorizou as diligências porque não verificou indícios de prática criminosa dentro da Câmara.

A Procuradoria-Geral da República recorreu da decisão, mas o plenário do Supremo Tribunal Federal manteve a decisão em julgamento virtual.

Josimar Maranhãozinho negou irregularidades, disse que a operação parece ter como objetivo tirá-lo da disputa eleitoral e que está colaborando com a investigação.

Pastor Gil disse que jamais participou de nada que ferisse a lei.

Bosco Costa não quis se manifestar.

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