Vereadora Raíssa Lacerda contesta prisão em discurso na CMJP e acusa presidente Dinho de envolvimento; presidente promete ação na Justiça
15 out 2024 - Paraíba / Política
Vereadora Raíssa Lacerda se defende de acusações após operação da PF de investiga aliciamento eleitoral, em João Pessoa — Foto: Edcarlos Santana
A vereadora Raíssa Lacerda (PSB) retornou à Câmara Municipal de João Pessoa nesta terça-feira (15), onde utilizou uma tribuna para criticar sua prisão no âmbito da Operação Território Livre, conduzida pela Polícia Federal. A operação investiga o suposto aliciamento de participantes em troca de votos. Em sua fala, Raíssa afirmou ser inocente e questionou por que o presidente da Câmara, Dinho Dowsley (Avante), não foi preso, alegando que alguns investigados seriam avaliados dele.
“Eu quero dizer aos meus pares que sou inocente, sofri um calvário, e o que mais me chamou a atenção foi ser presa com três assessores do presidente da Casa”, afirmou Raíssa, referindo-se às apoiadoras Pollyana Dantas e Taciana Nascimento, com atuação no Bairro São José.
Ela também informou Josivaldo, conselheiro tutelar e apoiador de Dinho, como exemplo do vínculo entre os investigados e o presidente da CMJP. “Me proibiu de entrar no São José. Saiu no Fantástico. Não é Raíssa que está a dizer, não. É a Polícia Federal”, declarou a vereadora.
Dinho responde e promete ação judicial
Conduzindo a sessão, o presidente Dinho reagiu firmemente às acusações, afirmando que Raíssa estaria violando uma medida cautelar ao falar sobre o caso em plenário. “Vossa excelência não poderia nem estar falando no pequeno expediente porque está quebrando uma cautelar judicial. É bom que agora, que falou, vai ter que provar tudo o que disse”, declarou Dinho.
Antes de encerrar a sessão, ele voltou a reforçar que Raíssa terá que responder por suas afirmações na Justiça. “Entendo o momento vívido pela vereadora Raíssa, que tem todo o direito de se defender, mas não vou envolver envolvimento com meu nome em questões que dizem respeito à vida dela. (…) As acusações terão que ser provadas na Justiça”, concluiu o presidente da CMJP.
Operação Território Livre
Raíssa Lacerda foi presa preventivamente em 19 de setembro no contexto da Operação Território Livre, mas posteriormente obtida o direito de resposta em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares. Sua solicitação é a revogação dessas medidas, porém o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) negou o pedido.
O POVO PB
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