Vereador bolsonarista crítica postura do MPPB ao projeto que proíbe presença de crianças na ‘Parada Gay’ de João Pessoa

10 nov 2023 - Paraíba / Política

Vereador bolsonarista, crítica postura do MPPB ao projeto que proíbe presença de crianças na ‘Parada Gay’ de João Pessoa — Foto: Reprodução

Em uma entrevista nesta sexta-feira (10), o vereador bolsonarista Tarcísio Jardim expressou sua insatisfação com a postura do Ministério Público da Paraíba (MPPB) ao seu projeto de lei que buscava proibir a presença de crianças na Parada Gay de João Pessoa. Jardim alegou que o MPPB está invadindo o poder legislativo ao tentar barrar a tramitação do projeto.

“Quando o Ministério Público se pronuncia e tenta barrar uma tramitação legislativa de um projeto, ele está invadindo o poder legislativo. A gente não cria projeto tentando invadir o poder do Ministério Público, mas o que está acontecendo é justamente uma invasão no que até o artigo 2ª da Constituição traz, harmonia e separação dos poderes. O artigo 227 da Constituição determina a União e aos estados e municípios legislar sobre as suas pautas internas, desde vários direcionamentos para as crianças, como também direito à liberdade, à honra, à educação”, disse.

Jardim alega que o verdadeiro objetivo na parada com a presença de criança seria doutriná-las. “Qual é a mensagem que essas pessoas trazem quando fazem essa militância exacerbada em cima da não precisa de crianças nesses eventos? Eles demonstram que o interesse não é lutar pelos direitos deles, o interesse não é visibilidade para o movimento, o interesse é doutrinar crianças que não são capazes de ter o seu autodesenvolvimento ainda dentro desses eventos, porque se eu fosse apoiador de uma parada hétero, por exemplo, e proibissem crianças de estar lá, tá certo, vamos continuar com o nosso evento, vamos torná-lo mais forte ainda, e não encarar isso como se fosse uma fronta ao parada gay, em que vai diminuir ou desfavorecer a parada gay, a presença ou não de crianças lá, se é uma pauta adulta, se é um pleito que a categoria adulta está querendo lá, então não enfraquece nada,” questionou.

Outro ponto destacado por Jardim foi a representatividade da comunidade LGBTQ+, alegando que sendo uma minoria, ela não pode importar seu comportamento como padrão para a maioria.

 “Não é a questão de você ser a favor ou ser contra. É a questão de você ter que concordar 100% com eles. Eu sei, eles têm que entender que eles são minoria. Eles são 3 ou 4% da população, vamos jogar 4%. Então a minoria não pode querer se comportar como a maioria. Ela não pode querer obrigar que a maioria pense como a minoria. Eles têm, sim, que buscar visibilidade. Mas não tem que impor que o comportamento deles é o padrão. E nós que não concordamos com o comportamento deles, mas respeitamos”, concluiu.

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